Uma ação integrada entre a Polícia Civil de Cocal da Estação e a 2ª Companhia do Comando de Policiamento Ambiental (CIPA) resultou no resgate de 70 animais silvestres encontrados em situação de cativeiro ilegal na zona rural do município de Cocal, Norte do Piauí. A operação, batizada de Canto Livre, foi realizada na última quarta-feira (16/07) no povoado Gado Bravo.

 

 

Durante a fiscalização, os agentes encontraram um cenário de negligência e infrações ambientais. Os animais estavam confinados em condições inadequadas, com gaiolas improvisadas, escassez de água potável e alimentação deficiente. A responsável pelo imóvel não se encontrava no local no momento da abordagem, e responderá por crime ambiental com base na Lei nº 9.605/98, que trata dos crimes contra a fauna.

 

 

Entre os animais resgatados estavam um macaco-prego mantido em uma jaula precária, um jabuti em cativeiro e 68 aves de diferentes espécies. A lista inclui exemplares da fauna nativa brasileira como tucanos, papagaios, jandaias, curicas, corrupião, rolinhas, juritis e sanhaçus, além de aves exóticas como periquitos australianos e calopsitas.

 

 

A presença de espécies nativas em situação de cativeiro sem autorização caracteriza infração ambiental grave, uma vez que muitas dessas aves são alvo constante do tráfico de fauna e possuem grande valor no mercado ilegal.

 

 

Após o resgate, todos os animais foram transportados para a unidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em Parnaíba, onde passaram por avaliação clínica e triagem. A destinação será feita conforme o estado de saúde de cada exemplar: parte será reabilitada para soltura em habitat natural, enquanto outros seguirão para centros especializados de recuperação.

 

 

A Polícia Civil e o CIPA seguem com a investigação para responsabilização da pessoa envolvida e apuram possíveis conexões com redes de comércio ilegal de animais silvestres na região. A operação reforça os esforços de combate aos crimes ambientais no Piauí, especialmente em áreas onde o tráfico de fauna ainda encontra espaço para atuar.

 

 

Fonte: 180graus