Um treinador de handebol foi preso, na manhã de quarta-feira (09) no município de Santa Inês (MA), suspeito de praticar o crime de estupro de vulnerável contra suas alunas, incluindo menores de 14 anos de idade.

 

De acordo com a Polícia Civil do Maranhão, o homem identificado como Joaquim Ribeiro, de 54 anos, foi alvo de um mandado de prisão preventiva, que é resultado de uma investigação coordenada pela 7ª Delegacia Regional de Santa Inês, a qual teve como base denúncias de vítimas que estudam em uma instituição de ensino da cidade.

 

Segundo informações repassadas pelo delegado Alisson Guimarães, da Delegacia Regional de Santa Inês, o investigado, que também é dono de uma associação voltada a modalidade de handebol, se utilizava de sua função como treinador, para atrair as alunas.

 

“Duas vítimas compareceram na delegacia e relataram situações de atos libidinosos, de que ele chamava as vítimas para sua casa e lá no quarto ou no fundo da casa cometia vários atos. Ele pedia para as vítimas tirarem a roupa, tirava fotos, fazia vídeos e praticava atos sexuais com as vítimas, menores de 14 anos, que é considerado estupro de vulnerável”.

 

"Ele tem uma associação de handebol e há mais de 30 anos, ele vem trabalhando na região com a formação de times de handebol, que participam de competições, e faz treinamentos. Essa associação não tem sede, então, ele usa a casa dele pra fazer essas reuniões. Ao longo dos últimos anos, ele esteve sempre vinculado a alguma escola. Porque as escolas ou contratam, seja escola pública, seja escola privada, ou então, ele consegue contratos com as prefeituras, e trabalha pra essas escolas",  explicou o delegado.

 

Durante a apuração das denúncias, a Polícia Civil recebeu relatórios do Conselho Tutelar do município sobre o caso, além de informações da escola municipal, onde os crimes poderiam estar acontecendo e, também, denúncias do Ministério Público do Maranhão.

 

As investigações apontam, ainda, que o homem fazia promessas para as vítimas, inclusive financeiras, para praticar os crimes em sua própria residência, mais especificamente em um quarto no fundo do imóvel.

 

”Ele prometia muita coisa, bens, dinheiro, prometia ascensão no esporte, conseguir vagas em outras escolas. E (segundo as vítimas) isso vinha acontecendo há muitos anos. E parece que, a priori, as famílias não estavam acreditando nas denúncias. E as vítimas relataram com detalhes tudo isso”, destacou Alisson Guimarães.

 

Na casa do suspeito foram encontrados diversos elementos que devem colaborar com a investigação, bem como houve apreensão de aparelhos de celular e equipamentos eletrônicos.

 

O delegado aponta, ainda, que o caso é ainda mais grave pelo fato de o investigado atuar em escolas da região há mais de 30 anos. Com isso, outras vítimas estão sendo identificadas.

 

"Agora que o caso está sendo divulgado, muitas vítimas estão aparecendo. Então a gente tem, no mínimo, uma dezena possivelmente de vítimas já registradas. Porque as vítimas estão procurando as delegacias, inclusive em São Luís", disse.

 

A Secretaria de Educação de Santa Inês disse, por meio de nota, que os contratos com treinador agora preso, foram suspensos há cerca de um ano, assim que começaram a surgir as primeiras suspeitas sobre ele. Ainda segundo a Secretaria, todas as medidas cabíveis foram tomadas para que as denúncias chegassem até as autoridades.

 

Fonte: G1 Maranhão